sexta-feira, 16 de novembro de 2007

O Cão

Já conhecia cão a algum tempo já que éramos da mesma cidade, apesar de ele morar fora a alguns anos já. O cão não é o que podemos chamar de exemplo de beleza padrão. De frente parecia que tava de lado, e de lado parecia que tinha ido embora, de tão magro, parecia mais um refugiado de guerra da Etiópia. Certo dia eu estava num barzinho na nossa cidade, e alterada pelo grande teor etílico, comecei a enxergar o cão com outros olhos, aliás comecei achá- lo bem interessante, e senti um potencial naquela figura esquálida.Nunca pensei que aquele ser de aparência tão inofensiva ia me trazer tantos problemas. Só que havia um detalhe que não mencionei, o cão tinha uma namorada a 5 anos. Ela parecia mais uma figura folclórica, ninguém nunca viu.Já era de conhecimento público que o namoro dos dois ia de mal a pior, ele viajava sozinho, ficava com outras meninas, ela nunca saía com ele. Joguei um olhar 43 pra cima dele, e como o sobrenome dele não era propriamente “dificuldade” acabamos ficando. A partir daí a coisa foi ficando meio séria.E eu me vi completamente apaixonada por aquele ser. Ele ia pra minha cidade de 15 em 15 dias me ver, e isso durou mais ou menos um ano.Aconteceu que um dia a morta- viva descobriu tudo e eles terminaram. E Foi aí que a minha alegria começou. Ele me assumiu e começamos a namorar. Por causa dele eu mudei a minha vida inteira praticamente. Mudei de cidade, perdi contato com os amigo, mudei até meu jeito de me vestir, vivia pra ele e fazia tudo de um jeito que ele ficasse feliz. O que eu não percebi foi que eu estava me tornando a morta- viva da história. O nosso namoro era igualzinho dele com a ex. De casa pro shopping, do shopping pra casa, sem contar nos almoços familiares que eu odiava, já que todo mundo da família dele idolatrava a falecida. Depois de um ano eu descobri que a ex era na verdade a atual AMANTE. E foi aí que o Titanic afundou. Terminamos e ele voltou com a morta- viva,e voltou com a mesma vidinha de sempre, churrascos aos domingos com a família cão, os sobrinhos e a cunhada hipopótamo que como comparsa do cão nessa história toda, havia chamado a ex dele pra ser madrinha do filho mais novo dela enquanto eu namorava com ele. Que tocante!!!!E o mais incrível nisso tudo, é que a cara- de – pau desse cidadão não tem limites, minha gente, ele continuou me ligando e me mandando e-mails acreditando piamente q eu ia voltar a ser a amante. Ele teve a CAPACIDADE de me ligar um dia e pedir pra ficar com uma amiga minha PARA MIM, isso que ele já tinha voltado com a ex. Dessa vez eu não me contive e me senti na obrigação de mandar um e-mail pra morta- viva contando tudo que acontecia.Mas adivinhem só?Ela se fez de morta rs. Ele nunca mais me ligou nem me mandou e-mail depois dessa. Finalmente me livrei do TRASTE. E a moral da história é: as aparências enganam, desconfie terminantemente dos cidadãos com aparência de sofrimento.
by Branca de Neve Bronzeada

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